STF decreta 17 anos de prisão por furto de bola de Neymar durante ato golpista

Bola virou prova central: decisão do STF une furto e golpe de Estado em apenas um caso.

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Redação do Portal

7/2/2025

Bola autografado de Neymar
Bola autografado de Neymar

O Supremo Tribunal Federal aplicou uma pena de 17 anos de prisão a Nelson Ribeiro Fonseca Júnior por sua participação no 8 de janeiro de 2023, quando ele furtou uma bola autografada por Neymar da Câmara dos Deputados. Além do furto, também foi condenado por golpe de Estado, associação criminosa armada e abolição do Estado Democrático de Direito

Foto reprodução | Câmara de Deputados

Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes destacou que a devolução voluntária da bola “não apaga o crime”, resultado de um conjunto criminoso que visava minar as instituições. A decisão foi seguida por Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux, com penas que variaram entre 11 e 17 anos. A punição não para por aí: há ainda uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, a ser paga junto com outros réus do 8J. A soma é um alerta claro: crime contra a democracia tem peso heavy metal no Brasil. A defesa alegou que Nelson pegou a bola apenas para protegê-la e devolveu após 20 dias, mas o STF descartou essa versão — ele também foi condenado por dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e golpe.

Esse caso se soma a mais de 500 condenações relacionadas ao 8 de janeiro. Nelson foi identificado após se entregar à Polícia em Sorocaba (SP) em janeiro de 2023. A bola, dada pelo Santos ao Congresso em 2012, foi recuperada e devolvida, em resumo, o episódio mostra como um artefato simbólico — a bola de Neymar — virou peça-chave de punição severa. O STF avisa que invasões, mesmo com argumentos de “proteção cultural”, não escapam da lei nem da Justiça pesada. 🎯

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